segunda-feira, 30 de julho de 2012

Humano-Cerne




humano cerne [ * ]


 I

 
caminhocidade
ruas
calçadas
corpos me atravessam

ouço
vejo
sinto
despida vestida de mim

tempo
curto
seco

o mundo é mudo

entretantosoutrostodospassantes
só eu
desejo



II


a pele
pétala
ao vento

a carne
me veste
por dentro

eu-mito
habito
no silêncio do mundo em mim

tempo fluido
eixo movimento

sou eu apenas

desejo
ser
cerne



Raul Motta

.

[ * ] Escrito para a vídeo-performance "Humano-Cerne", concepção da artista plástica e performer Lídia Costa, em processo de finalização. 
Versão experimental disponível no YouTube.

Em diálogo: Cláudia Lemos



Raul Motta; "Infância"; xilogravura, 1997; P.A.



Chão do Tempo


Infante o homem
toma a lembrança
de seu quintal de liberdade

O pássaro primeiro
em mãos de futuro
passeia  possibilidades

A velha criança
floresce a raiz
cravada na rocha do tempo

E nas asas
se desfaz
faz
refaz
o menino de nunca mais.



Cláudia Lemos

Julho, 2012


.



Poema da poetamiga Cláudia Lemos para xilogravura de minha autoria. Promete ser o primeiro fruto de uma série de diálogos transversos.
Reproduzido aqui, originalmente publicado aqui

+


Cláudia Lemos escreve em:

quinta-feira, 26 de julho de 2012

zu lai haicai




buda em pedra
e pedra bruta - ambos:
iluminados



[r.m.]


+

imagem
foto Raul Motta; Templo Zu Lai, Cotia, São Paulo

quarta-feira, 18 de julho de 2012

metaconfissão

"Eu nunca soube usar à crase corretamente."




[rm]

domingo, 15 de julho de 2012

@mor II


ado-a-ado
cada um no seu teclado



[rm]

sexta-feira, 13 de julho de 2012

tod[os]dias


todo dia
é mais um é
outro

todo dia
somos sonhos
além
do dia em nós



[RM]

quinta-feira, 12 de julho de 2012

@mor


Que seja e-terno enquanto dure.


[rm]

segunda-feira, 9 de julho de 2012

E[M/N]CARNE

"E[M/N]CARNE"; projeto para lambe-lambe


.

microconto dois



Viu. Lentamente.



[rm]