O que se chama atualmente de "graffiti" há muito já perdeu a sua força política originária e atualmente oscila entre um inofensivo decorativismo [no pior dos casos] e, no melhor dos casos, atinge o estatuto de uma pintura mural - contemporânea e urbana.
Mas o cara ou a guria que está espalhando essa frases de alta condensação e impacto político-poético pelo centro do Rio, segundo meu ponto de vista, está trazendo de volta para o graffiti o espírito punk e libertário, socialmente explosivo, que lhe deu origem.
E tudo isso apenas [?] com a força da ressonância da palavra.
Se alguém souber o nome do[a] artista, me avise!
Mas o cara ou a guria que está espalhando essa frases de alta condensação e impacto político-poético pelo centro do Rio, segundo meu ponto de vista, está trazendo de volta para o graffiti o espírito punk e libertário, socialmente explosivo, que lhe deu origem.
E tudo isso apenas [?] com a força da ressonância da palavra.
Se alguém souber o nome do[a] artista, me avise!
12 comentários:
Também gostei!
Valeu, Valéria!
É a presença das palavras nas ruas - literalmente!
Abraços e bons caminhos...
.
um sopro de vida -
pelos muros da cidade
graffitanarquia
- Clarice Villac
22.05.2011
.
Clariceamiga!
Esse trabalho lembra o do Mundano: intervenção na cidade, ação política etc - só que aqui existe uma abordagem mais filosófica, enquanto no Mundano o tom é mais horizontal.
Abraços e grato pelo diálogo!
É verdade, concordo. Mas por que em inglês na maioria das vezes? Universaliza ou restringe em relação à ação no próprio sítio?
Um abraço.
Marcantonio:
Outras pessoas também questionaram isto - e a resposta é: não sei...
Arriscando uma hipótese, eu diria: ironia, na medida em que os graffitis atacam o poder, o dinheiro etc, e o inglês é a lingua que se associa, de modo mais imediato, aos "donos do mundo"... Assim, usaria-se a língua do "inimigo" para atacá-lo...
Enfim, acho que a questão fica em aberto, enquanto não podemos ter uma versão do[a] próprio[a] artista...
Abraços, bons caminhos!
Nossa!ADOREI!
Raquel,
grato pela presença e comentário!
Abraços!
O que eu queria mesmo, Raul, era pichar, com as próprias mãos, um poema nas paredes brancas da vida. Um poema que partisse alado pelo Infinito e chegasse aos olhos de Deus...Beijos!
Shirley,
um belo propósito!
Abraços!
É verdade, Raul, tá faltando indignação e espírito punk-libertário a grande maioria de grafiteiros (na realidade a toda a sociedade). Pior ainda são as pixações que se transformam em lutas de gangues, marcação de território, quando os grafitiros/pixadores deixam apenas sua assinatura e mais nada...
Tem um artista de rua inglês chamado Banksy que vale a pena conhecer, não lembro do link mas se vc buscar no google, vc encontra!
Gostei muito do seu blog, Principalmente seus poemas concisos :)
Sandra,
presença-substância a tua!
Quanto às gangues, assino embaixo: é preciso muito bem saber pr'onde direcionar a energia que é protesto e criação.
Sim, conheço o trabalho do Bansky, uma referência - inclusive mostro os stencils dele para os meus alunos sempre que trabalho com graffiti [sou professor de artes no ensino fundamental].
Abraços, volte sempre!
Postar um comentário