quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

a ventura [ * ]



o bardo insiste e faz da palavra canto
triste de um tempo que da ventura os horizontes
aventureiros lançam mão
enquanto à vida
oclusa
se recusa a imaginação

é preciso estar atento à morte
não temos tempo de reter a sorte
ansiada
contida

um simples lance de dados aguarda
nossas mãos dadas
oferendas contíguas
mudas
inatas




[R. M.]
+
imagem: O poeta Luís de Camões na prisão de Goa; pintura anônima de 1556

.
[ * ] poema-protesto contra o fechamento anunciado da Livraria Camões, no Rio de Janeiro

8 comentários:

André Côrtes disse...

delicado momento de recolhimento ante à decisões importantes, 2012, hora de mostrar a que viemos.

há palavra disse...

aprender da semente
a ação que vive
dentro da gente

.

abs.!

Fred Caju disse...

Massa, Motta.
E uma pena menos uma livraria no país.

há palavra disse...

Pois é, Fred!

O fechamento ainda não se consumou mas, tudo indica - infelizmente - que será difícil reverter a decisão.

Nada contra as modernas livrarias mix de cafés & shoppings cults, mas uma livraria das antigas como a Camões vai deixar saudades!

Abraços!

Unknown disse...

Caro amigo, quero convidá-lo a visitar a coluna Haicais de Domingos no blog:http://poetasdemarte.blogspot.com/

onde a partir desse domingo eu terei o prazer de postar meus humildes haicais e entrevistas de blogueiros.

Muita Paz!

há palavra disse...

Cristiano:
Convite feito, convite aceito - visitarei com certeza!
Abraços e bons caminhos neste novo empreendimento poético...

Elisa Zambenedetti disse...

Uma livraria a menos é uma lástima.
Beijos.

há palavra disse...

Elisa,

felizmente hoje nos jornais a notícia de uqe a Livraria Camões segue viva:

http://oglobo.globo.com/cultura/boa-noticia-livraria-camoes-nao-vai-mais-fechar-as-portas-3780027

Grato pela presença e comentário!

Abraços e bons caminhos pra ti...