o desejo quer sabor
a fome só quer saber
do comer
a fome
direta
arco e seta
mira
se atira
atinge a meta
o desejo
sinuoso
profundo
vai ao osso
busca
o tutano do mundo
fome é desejo sem lastro
desejo é fome sem nome
mas se a fome é de todo bicho
o desejo é todo do homem
e como soube -
desde sempre - o bicho-homem:
o que é do desejo
a fome não come
[R.M.]
domingo, 29 de abril de 2012
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6 comentários:
adorei, Raul!
certa vez escrevi um poeminha assim:
comeu tudo o que restou do gozo
amor profundo
vai até o osso
:)
Sandra,
somos mesmo vira-latas - metafóricos... rs...
Abraços, bons caminhos pra ti!
Olá amigo, passando e lendo tua poesia que buscou a profundeza do sentir do bicho homem! Parabéns! Beijos!
Vilma,
grato pela presença e comentário!
Abraços e bons caminhos pra ti...
adorei... nossas fomes sempre renovadas pela palavra: desejo!
Grato, Silvia!
É isso: desejar é retornar à fonte...
Abraços, bons caminhos pra ti!
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