o
mel
das entranhas
o
osso
do tempo
o
mar
dos lamentos
o
creme
do crime
o
dia
de sol
o
chão
do abismo
o
sonho
no colo
o
alvo
ao léu
a
alma
ao relento
o
céu
pela boca
o
leito
no peito
o
cerne
da coisa
a
carne
da língua
a
obra
em progresso
o
pé
pela mão
.
[ R.M. ]
mel
das entranhas
o
osso
do tempo
o
mar
dos lamentos
o
creme
do crime
o
dia
de sol
o
chão
do abismo
o
sonho
no colo
o
alvo
ao léu
a
alma
ao relento
o
céu
pela boca
o
leito
no peito
o
cerne
da coisa
a
carne
da língua
a
obra
em progresso
o
pé
pela mão
.
[ R.M. ]
7 comentários:
Fantástico, Raul!
Em forma e teor.
Relerei algumas vezes
para captar tudo que diz!
Um beijo,
doce de lira
"o
chão
do abismo
o
sonho
no colo
(...)
o
céu
pela boca
o
leito
no peito"
Voltei para repetir:
lindo, lindo! : )
1/2 poeta? 100% poeta, você. e que lindo este "trago". "a alma em progresso": essencial.
bjs.
Renata,
tua presença e comentários têm sempre grande importância para mim, pois acho que compartilhamos desse gosto pelo "jogo" [à sério...] com as palavras.
E vivas para todas as filosofias lúdicas, e toda a ludicidade filosófica!
Abraços, bons caminhos!
Nydia,
gratíssimo pela visita e pelos comentários, aqui e na "elegia para Varvara Stepanova". Somos ambos apaixonados pelo[s] construtivismo[s], e minha relação de proximidade com a poesia concreta vira e mexe e revira ressoa nas coisicas que escrevo - como neste "trago".
Tenho certeza que ainda vamos prosear muito... concretamente!
Abraço grande pra ti, tudibom nos caminhos...
Raul,
Sou às vezes de poucas palavras, às vezes de muitas, mas presto atenção a toda palavra que me cai no colo.
As suas, as poéticas, são para mim sempre suaves, profundas e precisas.
Boas palavras... sempre, mesmo as não poéticas.
Cris Labre
bonito... muito legal seu blog! frequentarei!
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