Essa é
pra não tocar no rádio...
Letra: Raul Motta e Rui Ruiz
Música: Hátila e os Unos
A vida inteira eu andei na contramão
Lutei
Acreditei
No fim da opressão
Mas meus heróis não morreram de overdose
Aceitaram a esclerose
Agora jogam todos o jogo do sistema
Tudo vale a pena quando a alma se apequena
Tudo vale a pena quando a alma se apequena
Eles não estão nem aí
Sem limites no poder
Quem sabe faz a hora
Vale tudo pra vencer
A decadência generalizada
Agora é civil
A esquerda quem diria
Endireitou o Brasil
Vence na vida quem diz sim
300 picaretas é coisa do passado
Bandido bom é bandido aliado
Eles não estão nem aí
Sem limites no poder
Quem sabe faz a hora
Vale tudo pra vencer
Socialista ou socialite
Onde está a diferença
Ideologia eu quero uma pra vender
Cooptado ou resistir até morrer?
Nunca antes neste país
O poder foi tão feliz
A mentira a um palmo do nariz
Eles não estão nem aí
Sem limites no poder
Quem sabe faz a hora
Vale tudo pra vencer
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imagem
Encenação de "A Mais-Valia Vai Acabar, Seu Edgar", de Oduvaldo Vianna Filho [1936-1974]; Teatro de Arena da Faculdade de Arquitetura da UFRJ; Rio de Janeiro, 1960
6 comentários:
A letra é oportuna e parece sempre atual... (bela balada; em sentido duplo)
Não existe direita nem esquerda. Existe alternância de lados; oposições.
O poder não os corrompem; eles corrompem o poder.
Enquanto só latimos, caravana segue...
jura? uma canção com letra sua?
maravilha!!!
música, inclusive, raulamigo.
beijo.
Betina,
sim - letra minha, em co-autoria com parceiro de fé.
A música fica por conta do Hátila, um intuitivo puro, mestre do zen sentido - um espírito punk que se iluminou dançando o pogo.
Abraços, bons caminhos!
Júlio,
a letra é oportuna e se opõe aos oportunistas de todas as direções.
É verdade o que você diz quanto ao poder: responsabilizar unilateralmente o "sistema" é mais uma dessas espertezas que corroem, por dentro e por fora, o sistema...
Abraço grande, grato pela presença e comentário, bons caminhos pra ti!
Passam os mundos e os trovadores não tardam, no empenho da rima é flecha, certa, desmedida, a letra e a política, mas é bom, enquanto não calam. " O silêncio é sempre duvidoso"
Julio,
é isso: um protesto é também uma aposta, um risco...
Grato pela presença e comentário, bons caminhos!
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