sexta-feira, 26 de agosto de 2011

oswaldiando




etérea
matéria




ascese
acesa




sonho
assombro




vida
com vida



.


Talvez sejam quatro, ou possam ser lidos como um único poema, o caso é que os oito versos acima foram livremente inspirados no célebre "amor / humor", de Oswald de Andrade [1890-1954]. Talvez o mais conciso poema escrito em todas as línguas, sempre me atraiu por isto: menor que um haicai e transportando todo um universo numa síntese genial. Do original, mantive o tema, "amor", e o nexo sonoro que dialoga criticamente com o nexo de sentido. Fica aqui a humilde homenagem que, espero, seja digna do mestre antropófago.


[R.M.]
+
imagem
Foto capa revista Concinitas n.o 6 [Instituto de Artes da UERJ]

4 comentários:

Franco disse...

É uma bela homenagem,ficou muito bom
Parabéns.

há palavra disse...

Grato!

Sempre bom promover ressonâncias...

Abraços, bons caminhos!

Sônia Brandão disse...

Poesia é síntese. O poeta passa a vida buscando a concisão.

Um abraço.

há palavra disse...

Sônia,

precisão e concisão como método e meta!

Abraços, grato pela presença e comentário,

bons caminhos...