humano cerne [ * ]
I
caminhocidade
ruas
calçadas
corpos me atravessam
ouço
vejo
sinto
despida vestida de mim
tempo
curto
seco
o mundo é mudo
entretantosoutrostodospassantes
só eu
desejo
só
II
a pele
pétala
ao vento
a carne
me veste
por dentro
eu-mito
habito
no silêncio do mundo em mim
tempo fluido
eixo movimento
sou eu apenas
desejo
ser
cerne
Raul Motta
.
[ * ] Escrito para a vídeo-performance "Humano-Cerne", concepção da artista plástica e performer Lídia Costa, em processo de finalização.
Versão experimental disponível no YouTube.
Versão experimental disponível no YouTube.
6 comentários:
Ler-te é um privilégio.
Dolce,
e ser lido por certas leitoras - que são as leitoras certas... - também!
Abraços, bons caminhos...
Maravilhoso!
As disposições dos versos, múltiplas leituras... uma delícia viajar aqui!...
Beijos =)
Nadine,
gosto de trabalhar dialogando com outras linguagens e as imagens do vídeo estimularam bastante. Bom que você gostou, grato pela presença e comentário!
Abraços, bons caminhos...
Poemas que chegam ao cerne da gente. É sempre muito bom estar aqui, Raul.
Grande beijo! :)
Daniela,
grato pela presença e comentário, Bom te rever aqui!
Abraços grande, bons caminhos...
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