de mim
mesmo que o melhor de mim
o que verseja
aqui esteja
mesmo que mais que eu mesmo
seja o texto
nem assim
nenhuma estrofe
nenhum verso
nem
uma
palavra
me tira do contexto
[R.M.]
"Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo." Ludwig Wittgenstein
Países que têm o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste. Macau é uma Região Administrativa Especial chinesa.
18 comentários:
[delicada teia,
tecida palavra a palavra, dentro da casa do eu]
um imenso abraço, Raul
Leonardo B.
Verdade!
Ela não nos salva;
Nos faz ser mais
presentes ao erro e
ao engano.
Conhecendo assim,
qualquer canto:
De nós!
O que nos tira do contexto está por fora!
Belo poema!
Muita paz!
Belo poema !
Lembrei do Bob Marley...
"...You running and you running
But you can't run away from yourself
Can't runaway from yourself..."
http://letras.terra.com.br/bob-marley/62975/
Raul que bela maneira de dizer de ti!Graça
a poesia não salva, mas aumenta a nossa vida útil!!
E fora do contexto haveria salvação?
Abraço, Raul.
pelo contrário,
te traz pra dentro
te conduz aí mesmo
onde há salvação
onde a mente
concatena
vincula
o ser
ao ser.
bjs
É...
Não temos salvação!
Belo texto!
Abraço!
Sensível leitura, Leonardo!
Grato pela presença,
bons caminhos...
Sahara,
cantos e desvãos - que não nos sejam em vão...
Abraços, grato pela presença!
Cristiano,
o fora
será
ou já fora
já era
terá sido
dentro
um dia
Abraços!
Clariceamiga,
grato pela referência!
Meu inglês ruim não me permitiu usufruir de toda beleza/significado da letra - que não conhecia - mas guardei o link para ir decifrando com calma...
Abraços,
bons caminhos pra ti!
Graça,
escrever é [também] compartilhar-se...
Grato pela presença e comentário,
abraços!
Xanda,
"a ciência acrescentou anos à vida, mas a arte acrescenta vida aos anos."
Li essa frase há muito tempo, não sei de quem é, cito de memória...
Abraços, bons caminhos!
Marcantonio,
salvação fora do contexto = alienação
[seria? será?]
Abraços,
grato pela presença de fato!
Cynthia,
creio que compreendi tua leitura: a poesia não me "retira" de mim mas, ao contrário, me traz mais de mim a mim, ao meu próprio "contexto-dentro" - é isso?
É algo que penso às vezes...
Grato pela bela e sensível [re]leitura!
Marlene e demais pessoas que me honram com suas presenças sensíveis aqui no há palavra,
muito interessante, para mim, estar [me] [cor]respondendo com tantas e tão variadas sensibilidades, pessoas, re-leitores e todos me apresentando tantas e tão diversas e todas tão belas interpretações, me sinto verdadeiramente agradecido e mais do que recompensado!
Como os românticos alemães, acredito que a poesia é a forma suprema [ou a única] de filosofia, simultaneamente aberta ao pensamento e à sensação, direta [pois extraindo o máximo com o mínimo de palavras] e subjetiva, enfim, um "veículo" perfeito por não se colocar prioritariamente a serviço da comunicação nem exclusivamente da expressão - e muito menos da "explicação" do mundo, do homem, do mundo dos homens, dos homens no mundo...
Enfim, já me alongo por demais, mas todo esse "discurso" é porque esse poema tão despretencioso provocou respostas tão diversas e todas elas tão válidas! Até posso, filosófica e estritamente falando, me inclinar para uma ou algumas delas mas, poeticamente, onde está a verdade? Do modo como vejo, não numa essência DO poema, mas NO corpo DO poema...
Marlene, acabei "viajando" a partir do teu comentário, minha resposta acabou se dirigindo, além de você, para o coletivo de comentadores e até pra mim mesmo... rs...
Espero que toda essa digressão tenha acrescentado algo de valor às leituras e aos comentários de todos vocês!
Grato pela instigação ao pensar!
Abraços e bons caminhos...
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