domingo, 11 de março de 2012

silêncio sem título





sinto o não dito
tão difícil
tão bonito
agora fico aqui
passada a hora
a senha no olvido

sinto o dito
lamento
o sonho por alimento
então me fale
ou não
cale se preciso
faça-me beber do silêncio
que mora dentro
de um grito





[R.M]

+

imagem
Raul Motta
Sem título; grafite sobre papel; s.d.

10 comentários:

Anônimo disse...

Encantada com a sua poesia.

Beijinho.

há palavra disse...

Grato pela presença e comentário!
Abraços e bons caminhos pra ti...

Unknown disse...

Lindo, meu camarada! A cada poesia você se supera!

há palavra disse...

Cristiano,

"O rio não quer ir a nenhuma parte, ele quer é chegar a ser mais grosso, mais fundo..." [João Guimarães Rosa]

Fala o Mestre Rosa! E eu queria ser como esse rio, sem objetivo...

Abraços,
grato pela leitura e comentário!

Unknown disse...

Palvras célebres de Riobaldo!

há palavra disse...

Então, é do "Grande Sertão"... Tinha o texto, mas não a fonte - grato pela informação!

Abraços!

Elisa Zambenedetti disse...

Muito lindo, parabéns!
Beijos.

há palavra disse...

Grato, Elisa!

Toda beleza seria ausente se não fossem os olhos de quem lê...

Abraços!

dani carrara disse...

traço de leve
levita


abraço. e bom caminho pra você também

há palavra disse...

Daniela,

a leveza do traço talvez tenha acontecido para compensar o peso do poema...

Grato pelo presença e diálogo poético!

Abraços, bons caminhos...