o poeta é todo ouvidos à palavra
todo sentidos
ao corpo da palavra
o poeta não pressente nada
momento a momento apenas
o poeta é atento
à palavra de dentro
do homem dentro da palavra
o poeta cheira
lambe
o som do sabor
da palavra que fala da fala do homem
de todas as palavras
de todos os homens
que só a humanidade do poeta ouve
[R.M.]
[ * ]
Para Carlos Drummond de Andrade, no seu Dia D
.
[lamentando não poder dar o devido e merecido crédito à foto, que inspirou o poema, indico a fonte:
http://dudabrama.wordpress.com/2010/03/22/drummond-drummond-drummond-carlos/drummond-conversando/]
6 comentários:
Inerte na calçada do Rio, entretanto vivíssimo no coração de quem aprecia a beleza de seus versos.
Entre um verso e outro de Drummmond, há um romance.
Salve Drummond, o guauche nesta vida.
P.S:Quanto à última linha, o crédito pertence inteiramente à um anjo torto.
Cristiano,
é isso: imortalizado em bronze, o poeta segue vivo em palavras e ouvidos...
Abraços, grato pela presença!
boa homenagem
:)
Grato, Bardo!
E a partir deste 31 de outubro, um outro "Dia D" se soma ao do grande Torquato Neto: que todo dia seja "dia D... poesia"!!!
Abraços, bons caminhos...
Nesta nossa vida desencontrada,
a Poesia proporciona o espaço do encontro...
Clariceamiga,
enquanto for a poesia que estiver proporcionando os encontros, estaremos - ainda que temporariamente - a salvo e salvos!!!
Abraços, grato pela presença e leitura atenta!
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